Resumo
OBJETIVO: Verificar a capacidade de um novo teste em identificar indivíduos portadores ou não de discromatopsia e graduar seu distúrbio, tendo como base de comparação o teste padrão de Ishihara.
MÉTODOS: Quinze imagens criadas para o diagnóstico de discromatopsia foram utilizadas no desenvolvimento do novo teste. A partir dessas, eficazes no diagnóstico de discromatopsia, foram criadas120 imagens numéricas com graduações crescentes de -10% a +40% da cor verde em cada um dos números. Essas imagens foram distribuídas em 15 páginas, impressas e apresentadas aos indivíduos testados, que deveriam identificar o número visualizado em cada uma das imagens.
RESULTADOS: Avaliou-se 223 indivíduos, sendo 130 do sexo feminino e 93 do sexo masculino. Cinco indivíduos do sexo masculino foram diagnosticados com discromatopsia, com 62,6% de erros de identificação das 135 imagens apresentadas, enquanto os demais apresentaram, em média, 5,04% de erros. A variação na graduação da cor verde nos números das imagens apresentadas não permitiu mensurar o grau de discromatopsia.
CONCLUSÃO: A porcentagem de indivíduos diagnosticados com discromatopsia foi menor que o esperado. Não foi possível graduar a discromatopsia com o teste criado, porém, com o software desenvolvido, será possível criar novos testes para diagnosticar e graduar a discromatopsia.
Palavras-chave: Acromatopsia; Defeitos da visão cromática; Daltonismo; Testes de percepção de cores.