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Análise estatística dos transplantes de córnea no Brasil de 2006 até 2020: os impactos da pandemia de COVID-19

Statistical analysis of cornea transplants in Brazil from 2006 to 2020: the impacts of the COVID-19 pandemic

Henrique Bosso1; Henrique Sanctis Santarem1; Bruno Oliveira Pesquero3; Evandro Portaluppe Bosso4

DOI: 10.17545/eOftalmo/2022.0014

RESUMO

OBJETIVOS: O transplante de córnea (TC) é um dos transplantes mais realizados em todo mundo. Todavia, diversos fatores intrínsecos dificultam sua realização no Brasil, resultando em um elevado número de pacientes na fila de espera. Ademais, associa-se a tal dificuldade a pandemia de COVID-19, que culminou na suspensão temporária dos transplantes eletivos de córnea em diversos locais. O objetivo é analisar a atividade de transplante de córnea nos anos de 2006 a 2020 em todas as regiões do Brasil e o impacto do surto de COVID-19 em atividades de doação e transplante de córnea no Brasil.
MÉTODOS: Foram colhidos dados epidemiológicos no Registro Brasileiro de Transplantes, publicado pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos dos anos de 2006 até 2020.
RESULTADOS: Em 2020 houve uma importante redução no número de transplante de córnea quando comparado aos anos anteriores, refletindo no menor número de transplante de córnea realizados dos últimos 15 anos, o que provocou um aumento de na fila de espera e na necessidade anual estimada de transplante de córnea.
CONCLUSÃO: Impactado pela atual pandemia, o número de transplante de córnea decresceu significativamente a partir do segundo trimestre de 2020, enquanto o número de pacientes esperando por este procedimento aumentou neste mesmo período.

Palavras-chave: Coronavírus; Pandemia; Transplante de Córnea.

ABSTRACT

PURPOSE: Cornea transplantation is one of the most widely performed transplants worldwide. However, owing to several intrinsic factors, performing this procedure is challenging in Brazil. As a consequence of this, there has been a considerable increase in the number of patients on the waiting list. Furthermore, this issue was further exacerbated by the occurrence of the COVID-19 pandemic, which culminated in the temporary suspension of elective cornea transplants at numerous hospitals. The purpose of the present study was to analyze cornea transplant activity from 2006 to 2020 in all regions of Brazil and to elucidate the impacts of the COVID-19 outbreak on cornea donation and transplantation activities in Brazil.
METHODS: Epidemiological data were collected from the Brazilian Transplant Registry, for the years 2006 to 2020, published by the Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos.
RESULTS: A significant decrease in the number of cornea transplants was observed in 2020 when compared with those in previous years, which highlighted that the number of cornea transplants has reduced performed in the last fifteen years. This has resulted in an increase in the waiting list and in the estimated annual need for cornea transplants.
CONCLUSION: The Covid19 pandemic has led to a significant decrease in the number of cornea transplants from the second quarter of 2020, whereas the number of patients waiting for this procedure has increased during the same period.

Keywords: Coronavirus; Pandemic; Cornea transplantation

INTRODUÇÃO

Desde 1905, quando foi realizado pela primeira vez por Edward Zirm, o transplante de córnea (TC) consolidou-se como um dos transplantes alogênicos mais realizados e de maior sucesso em todo o mundo1. Principalmente para doenças que cursam com a perda da transparência da córnea, o transplante busca restaurar a visão do paciente e, assim, impactar positivamente aspectos sociais e psicológicos do indivíduo2. São aceitos como receptores para TC aqueles pacientes com critérios clínicos específicos, a saber: ceratocone, ceratopatia bolhosa, ceratoglobo, leucomas, distrofia endotelial de Fuchs e outras distrofias corneanas, ceratite intersticial, degeneração marginal pelúcida, queimadura corneana, anomalias corneanas congênitas e falência secundária ou tardia de enxerto3. Além disso, ressalta-se o caráter urgente do transplante para casos de falência primária de enxerto, úlcera de córnea sem resposta ao tratamento clínico, iminência de perfuração corneana e receptor com idade inferior a sete anos que apresente opacidade corneana4.

No Brasil, o transplante de córnea é regulado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), vinculado ao Ministério da Saúde2. O SNT estabelece que a córnea precisa ser retirada em até 6 horas após a parada cardíaca e não por critérios de morte encefálica. Ademais, para a realização da doação, após a parada cardíaca, a família deve ser consultada e manifestar o desejo da doação. Posteriormente, a central de transplante do estado é comunicada e segue-se a coleta, armazenamento e distribuição da córnea.

Atualmente, identifica-se que a oferta não corresponde à totalidade da demanda de doação5. Prova disso é que existem cerca de 12,7 milhões de pacientes esperando por um transplante de córnea em todo o mundo, entretanto há apenas 1 córnea para cada 70 necessárias1. Como resultado, o número de pessoas na fila de espera por córnea se eleva a cada ano. Este incremento não depende apenas da existência de um cadáver potencialmente doador, mas de uma série de fatores, como, por exemplo, nível socioeducacional, padrões culturais, programas de estímulo, legislação adequada, infraestrutura médica para captação e correto aproveitamento dos órgãos e tecidos6. Tais fatores ajudam a explicar não só o baixo número de doações, como também as discrepâncias entre regiões e países.

Além disso, no final de 2019, foi anunciado à Organização Mundial da Saúde (OMS), um surto de infecção por coronavírus na cidade de Wuhan, província de Hubei, República Popular da China, tendo como agente etiológico o SARS-COV-27. Desde então, a propagação deste surto tem sido exponencial, ocorrendo principalmente mediante contato próximo ou por fômites, tendo um tempo de incubação variando de 2 a 14 dias8. No Brasil, o primeiro caso de infecção por este tipo de coronavírus (COVID-19) foi confirmado em 26 de fevereiro de 2020. A partir de então, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, o país vem sofrendo com diversos colapsos no sistema de saúde público e privado devido à continuidade do crescimento de transmissão, casos e óbitos. Além disso, as altas taxas de ocupação de enfermaria e leitos de unidades de terapia intensiva afetam todo o sistema de saúde do país, provocando um decréscimo de consultas e cirurgias eletivas9.

No que tange aos transplantes de órgãos e tecidos, a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) propôs a manutenção dos mesmos, com exceção dos de córnea e pâncreas, que poderiam ser postergados sob determinadas circunstâncias10. Desta forma, por exemplo, em 22 de março de 2020 a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo comunicou a suspensão dos transplantes eletivos de córnea em todo o território estadual.

No Brasil, analisando em números absolutos e relativos, existem ainda poucos estudos que tratam dos processos e mecanismos envolvidos no TC.

O objetivo é analisar a atividade de TC nos anos de 2006 a 2020 em todas as regiões do Brasil e o impacto do surto de COVID-19 em atividades de doação e TC no Brasil.

 

MÉTODOS

Este estudo trata-se de uma revisão narrativa, no qual foi traçado o perfil epidemiológico dos TC realizados no Brasil dos anos de 2006 até 2020. O início do estudo foi executado com a formação teórica utilizando as seguintes bases de dados: PubMed, sciELO e Medline, utilizando como descritores: “cornea transplant” AND “organ transplant” AND “epidemiology” nos últimos 10 anos. Em complemento, foram colhidos dados epidemiológicos no Registro Brasileiro de Transplantes, publicado pela ABTO nos anos de 2006 até 2020. O presente estudo não conta com riscos, visto que se trata de uma revisão narrativa e nenhum nome ou qualquer informação pessoal será publicado.

 

RESULTADOS

Número de transplante de córnea

No ano de 2020 houve uma importante redução no número absoluto de TC de 52,31% quando comparado ao ano anterior. Foram transplantados um total de 7127 córneas, menor número de toda a série temporal contemplada neste estudo.

No entanto, cada região brasileira apresentou uma dinâmica diferente. Em 2020, a região Sudeste apresentou uma redução de 53,75% em relação ao ano anterior. A região Sul, por sua vez, teve uma redução de 58,95%. Já a região Nordeste apresentou uma queda de 47,92%. Na região Centro-Oeste ocorreu uma redução de 47,43%. A região Norte apresentou uma queda de 44,23%, sendo esta última a região em que houve a menor redução do número absoluto de TC entre os anos de 2019 e 2020. 

Número de transplantes de córnea por trimestre

Comparamos o número de TC por trimestre dos anos de 2019 e 2020 em todo o Brasil. No primeiro trimestre de 2019 foram realizados 3.400 TC, enquanto no mesmo período de 2020 foram realizados 3.409 TC, representando um aumento de 0,26%. No segundo trimestre de 2019, foram realizados 3.718 TC, enquanto no mesmo período de 2020 o número de TC foi de 554, representando uma queda de 85,1%. No terceiro trimestre de 2019 foram feitos 3.877 TC enquanto em 2020, foram realizados apenas 844, o que representa uma queda de 78,24%. Por fim, em relação ao último trimestre, em 2019 foram realizados 3.948 TC e, em 2020, realizados 2.320, evidenciando uma queda de 41,24%.

Lista de espera

Em relação à lista de espera de adultos, houve uma redução de 2,42% de 2012 para 2013. Já entre os anos de 2013 e 2014, houve um aumento de 59,91%. Este aumento se deve principalmente ao aumento do diagnóstico e incremento de indivíduos na fila de TC, visto que neste mesmo período houve a diminuição de apenas 4,79% dos TC realizados no Brasil. Entre os anos de 2014 e 2015, o aumento foi de 18,69%. Entre os anos de 2015 e 2016, ocorreu um aumento de 6,98%. Houve redução de 15,17% entre os anos de 2016 e 2017. Ocorreu também uma redução de 5,16% entre os anos de 2017 e 2018. A partir de 2018, a lista de espera voltou a aumentar, sendo que entre 2018 e 2019, houve um aumento de 22,22% e, de 2019 a 2020, houve um aumento relevante de 39,5%, o que mostra o impacto da pandemia de COVID-19 sobre a realização de transplantes de córnea em todo o Brasil.

Necessidade anual estimada de transplante de córnea

A necessidade anual estimada de TC entre 2013 e 2014 se manteve a mesma. Já entre 2014 e 2015, ocorreu um aumento de 6,2%. Entre os anos de 2015 e 2016, houve um aumento de 0,83%. Entre os anos de 2016 e 2017, o aumento foi de 0,79%. Já entre 2017 e 2018, o aumento foi de 0,76%. Entre os anos de 2018 e 2019, o aumento foi de 0,4%. Por fim, entre os anos de 2019 e 2020, houve um aumento de 0,78%.

 


Gráfico 1. Número total de TC realizados no Brasil nos anos de 2006 até 2020.

 

 


Gráfico 2. Número de TC realizados nas diferentes regiões brasileiras nos anos de 2019 e 2020.

 

 


Gráfico 3. Número de TC por trimestre em 2019 e 2020.

 

 


Gráfico 4. Lista de espera adulta para o transplante de córnea de 2012 a 2020.

 

 


Gráfico 5. Necessidade anual estimada de TC no Brasil no ano de 2020.

 

DISCUSSÃO

Existem várias ameaças à realização dos transplantes de maneira geral, dentre elas a de uma doença infecciosa emergente. Desde a década de 1980, houve várias doenças virais emergentes, incluindo HIV na segunda metade dos anos 1980, a SARS-CoV, o vírus do Nilo Ocidental, a influenza pandêmica H1N1, o zikavírus, o ebola e agora a pandemia COVID-19, causada pelo SARS-CoV -211-14

No Brasil, no ano de 2020, houve uma queda importante no número de transplantes, inclusive o de córnea, no qual houve queda de 19,2% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. O segundo trimestre de 2020 (abril a junho) foi o período que apresentou a maior queda quando comparado ao ano anterior, de 48,5%. Este período corresponde ao início da pandemia no Brasil, quando ainda se sabia pouco sobre o vírus e como manejar a pandemia através de políticas públicas-sanitárias.

Apesar da gravidade dos sintomas causados pelo vírus e sua repercussão, ainda não existe um consenso de como tratar o paciente. Até o momento presente, há grande controvérsia em relação ao tratamento medicamentoso, sendo necessário um suporte básico e uma avaliação específica para cada caso8

Os programas de transplante precisaram ser modificados em vários países, sendo necessário desenvolver uma ferramenta de triagem clínica de doadores. Uma ferramenta desenvolvida pela University Health Network (Canadá) é fundamentada em 4 sessões: (A) se a instituição é ou não um hospital de referência para pacientes graves infectados com a COVID-19; (B) se o doador foi contaminado pela COVID-19 nos últimos 14 dias; (C) se houve exposição prévia do doador para a COVID-19, sendo considerada exposição a viagem para áreas endêmicas e contaminação nos últimos 3 meses; (D) se o paciente apresenta clínica de uma síndrome gripal. A partir da resposta dessas 4 sessões, o doador pode ser classificado como alto risco, moderado-alto risco, moderado-baixo risco e muito baixo risco para a doação14.

Além das dificuldades e riscos para a realização do transplante em relação ao cenário hospitalar frente ao COVID-19, deve-se considerar os riscos nos quais os pacientes transplantados estão inseridos, por conta da maior vulnerabilidade relacionada ao uso crônico de imunossupressores e comorbidades prévias. Por outro lado, houve um aumento do número de casos graves entre os pacientes transplantados, em comparação com coortes internacionais de populações em geral. Os casos graves necessitam de ventilação mecânica invasiva e correspondem a um percentual maior de mortalidade15.

No Brasil a principal indicação do transplante de córnea é o ceratocone. Contudo, há variações entre diferentes regiões e centros de referência. As principais indicações de TC além do ceratocone incluem: ceratopatia bolhosa do pseudofácico, rejeição, falência primária, distrofia de Fuchs e outras distrofias corneanas16,17.

Desde 2016, percebia-se uma tendência de queda do número de pessoas na lista de espera para TC em adultos, sendo revertida em 2019 com um aumento de 22,22% em relação ao ano anterior. Entretanto, tal incremento na lista de espera foi ainda mais expressivo entre 2019 e 2020 (39,5%), o que possivelmente é explicado pelo impacto da pandemia de COVID-19 sobre os diversos centros transplantadores em todo Brasil, que provocou uma redução no número de transplantes e, consequentemente, um aumento na lista de espera.

Uma expectativa de melhora para a pandemia e para o futuro dos transplantes é a vacinação contra a COVID-19, sendo que ela já vem sendo realizada, ainda que de forma lenta, desde janeiro de 2021. Para garantir uma melhor resposta imunológica, o ideal é que as vacinas inativadas sejam aplicadas com o intervalo mínimo de 14 dias antes do TC. Porém, a Coordenadoria de Intervenção vinculada à Agência Nacional de Saúde Suplementar orienta que não há necessidade de intervalo de tempo entre a vacinação e o transplante de TC, tanto para o doador quanto para o receptor, sendo indicadas inclusive para pacientes imunossuprimidos e após o TC18,19.

Desde 2007 o Brasil vinha apresentando um aumento significativo no número de TC realizados em todas as regiões brasileiras, graças à intensa atuação em conscientização da população e estruturamento das equipes responsáveis pela captação e doação de córnea. No entanto, em 2020 foi verificada uma importante diminuição no número de TC quando comparado aos anos anteriores. O presente estudo evidenciou que tal queda ocorreu principalmente no segundo trimestre, correspondendo ao início da pandemia no país, quando ainda pouco se sabia sobre o vírus e como controlá-lo adequadamente através de políticas públicas-sanitárias. Em termos regionais, a queda de transplantes foi proporcionalmente maior na região Sul. Houve também um relevante acréscimo no número de indivíduos esperando por este procedimento. 

A vacinação surge como aliado essencial contra os achados do atual trabalho, todavia, com o ritmo de vacinação lento, falta de políticas públicas adequadas e o surgimento de novas variantes do vírus, é muito provável que a dificuldade para a realização do TC se estenda para todo o ano de 2021. Vale salientar ainda que, devido à persistência da pandemia, mais estudos epidemiológicos devem ser realizados nos próximos anos com a finalidade de analisar o real impacto da pandemia no TC. (colocar algo sobre 2006 - 2020).

 

REFERÊNCIAS

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INFORMAÇÃO DOS AUTORES

Financiamento: Declaram não haver

Conflitos de Interesse: Declaram não haver

Recebido em: 22 de Março de 2022.
Aceito em: 11 de Setembro de 2022.


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