Resumo
As fraturas orbitárias são classificadas como fraturas blowout e fraturas orbitais blowin, também chamadas de fraturas extraorbitária e intraorbitárias, respectivamente. A fratura intraorbitária representa cerca de 5% das fraturas da órbita e ocorre quando parte da parede óssea da órbita é deslocada para o seu interior. Este estudo tem como objetivo identificar artigos sobre aspectos das fraturas intraorbitárias e construir uma revisão narrativa sobre anatomia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. Realizamos uma revisão da literatura incluindo estudos nas bases de dados PubMed, COCHRANE, LILACS, EMBASE, SCIELO e Google Scholar. Foram identificados 35 artigos, dos quais selecionamos 15 para este trabalho. Discutimos que as fraturas intraorbitárias estão relacionadas a lesões de alta velocidade na região orbital ou frontal, principalmente acidentes automobilísticos. O manejo dessas fraturas varia de acordo com as características clínicas e requer uma equipe multidisciplinar. O diagnóstico diferencial deve ser feito com condições semelhantes, como fístula carótida-cavernosa, hematoma retrobulbar e síndrome da fissura orbital superior. Concluímos que as fraturas intraorbitárias causadas por força contundente na região fronto-temporal devem ser tratadas precocemente devido às possíveis lesões nas estruturas intraorbitárias. A literatura existente sobre fraturas intraorbitárias é escassa, destacando a necessidade de mais estudos nessa área.
Palavras-chave: Fratura Intraorbital; Órbita; Trauma Facial; Oftalmologia.