Resumo
O objetivo é descrever as complicações potenciais da crioterapia e a boa resposta ao aflibercepte intravítreo em uma paciente com diagnóstico de coriorretinopatia hemorrágica exsudativa periférica. Uma mulher de 83 anos com atrofia geográfica no polo posterior desenvolveu uma lesão exsudativa na periferia temporal de ambos os olhos. Sua melhor acuidade visual corrigida era de 20/80 no olho direito e 20/60 no esquerdo. Foram realizadas angiofluoresceinografia, tomografia de coerência óptica (OCT) e ultrassonografia modo B, e foi feito o diagnóstico de coriorretinopatia hemorrágica exsudativa periférica. Um novo exame 3 meses depois mostrou piora da acuidade visual para conta dedos no olho direito, devido à infiltração de líquido sub-retiniano na mácula. Inicialmente, a paciente submeteu-se à crioterapia, mas no dia seguinte ao tratamento, apresentou hemorragia sub-retiniana. Recebeu então três injeções intravítreas mensais de aflibercepte, com excelentes resultados. Uma nova OCT mostrou resolução completa do líquido sub-retiniano e a acuidade visual voltou a 20/80 no olho direito um mês após a terceira injeção intravítrea. Não se observou nenhuma lesão exsudativa em atividade nos três meses seguintes. A crioterapia pode ser um possível “gatilho” para hemorragia sub-retiniana em casos de coriorretinopatia hemorrágica exsudativa periférica e injeções intravítreas de aflibercepte mostraram ser um tratamento eficaz.
Palavras-chave: Crioterapia; Degeneração macular relacionada à idade; Injeções intravitreais; Corioretinopatia hemorrágica Periférica; Vasculopatia da coroide polipoidal.